quarta-feira, 16 de março de 2011

Noticias - Últimas notícias do lixo.




Últimas notícias do lixo


Algumas boas, outras nem tanto. As boas primeiro: muitos setores empresariais já estão se mexendo para adaptar-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem até junho deste ano para estabelecer metas de redução, logística reversa e reciclagem de rejeitos.
Neste mês, fabricantes de latas e a Associação da Cadeia Produtiva do Aço uniram-se para anunciar a instalação de um grande centro de reciclagem de embalagens metálicas na região metropolitana de São Paulo. É uma forma de organizar o setor, já que a reciclagem do material era feita informalmente.
Hoje 47% dessas embalagens são recicladas, mas a meta é aumentar o percentual para 70% em cinco anos. O projeto prevê melhor remuneração aos catadores e cooperativas, além de mais três centros de coleta a serem construídos em São Paulo.
Os fabricantes de embalagens de vidro também estão ativos e acabam de enviar ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de gerenciamento e reciclagem de seus produtos. A ação inclui a criação de uma entidade que administre as relações entre cooperativas de catadores, prefeituras e indústrias para organizar a logística reversa e destinação adequada desse material todo. Lembrando que metais e vidros são 100% recicláveis e voltam a ser embalagens, com a mesma qualidade. Por isso mesmo, o reaproveitamento desse material pode dar um bom lucro à indústria e, por tabela, ao meio ambiente.
Seguem na mesma toada o isopor e o alumínio. A reciclagem do primeiro saltou de 40 mil toneladas/mês, em 2007, para 400 toneladas mensais, em 2010, segundo o próprio setor. Ele é reaproveitado como matéria-prima para produção de plástico. Quanto ao alumínio 92% já é reciclado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Agora a notícia que desanima: enquanto as empresas se organizam em torno de soluções práticas, as prefeituras brasileiras nem sequer conseguem implementar a coleta seletiva do lixo que colocamos na porta de casa.
E mais uma vez a capital paulista dá o mal exemplo. A Secretaria de Serviços da maior cidade do país informou neste mês que 48% das residências paulistanas (quase metade dos habitantes da metrópole) ainda não dispõem de serviço de coleta seletiva nos seus bairros. Para se ter uma ideia, segundo o próprio secretário, 10 das 17 toneladas de lixo recolhidas por dia em São Paulo é domiciliar.
Lembrando que a mais recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE revela que só 994 das 5 564 cidades brasileiras contam com coleta seletiva. A pesquisa diz mais: no Norte e Nordeste ainda reinam os lixões a céu aberto. Preocupante.


 Fonte: planetasustentavel.abril.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário